Em meio à onda de conteúdos gerados por inteligência artificial, manter a autenticidade virou um desafio e uma vantagem competitiva. Mais do que nunca, as marcas precisam mostrar quem realmente são, mesmo quando usam tecnologia para se comunicar

O avanço da inteligência artificial revolucionou o marketing, mas também acendeu um alerta. Até que ponto as marcas conseguem manter sua essência diante de tantos processos automatizados? Com algoritmos que escrevem, desenham, editam e até falam com o público, a autenticidade, antes tida como algo subjetivo, passou a ser uma escolha estratégica.

Na Quatro Comunicação e Assessoria Estratégica, observamos um movimento crescente. Marcas que usam IA com inteligência emocional se fortalecem. Já aquelas que se deixam levar pela praticidade e pela padronização tecnológica correm o risco de soar genéricas, robóticas e até desconectadas do que dizem ser.

Esta semana, o Blog da Quatro é um convite à reflexão: a sua marca continua sendo fiel à própria voz ou está apenas reproduzindo o que a inteligência artificial entrega?

Por que autenticidade importa mais do que nunca?

Autenticidade sempre foi um valor importante para a construção de marcas fortes. No entanto, em um cenário em que conteúdos são produzidos por máquinas em massa e distribuídos em alta velocidade, o que é verdadeiro se torna cada vez mais raro… e mais valioso.

Segundo o relatório Authenticity Gap 2023 da FleishmanHillard, 81% dos consumidores esperam que as marcas digam a verdade, mesmo que ela seja desconfortável. Além disso, a pesquisa revelou que marcas percebidas como autênticas geram mais fidelidade e engajamento. (Fonte)

Num tempo em que o conteúdo pode ser replicado em segundos por IA, o que diferencia uma marca da outra não é a velocidade, mas a coerência entre discurso e prática.

Onde a IA pode ameaçar sua autenticidade

O uso indiscriminado da inteligência artificial na comunicação de marca pode gerar:

• Conteúdo padronizado demais, sem personalidade nem tom de voz reconhecível.
• Desalinhamento com os valores da empresa, quando a mensagem automatizada não reflete a cultura interna.
• Opacidade na relação com o público, caso a audiência perceba que está interagindo com sistemas em vez de pessoas reais.
• Dependência excessiva da tecnologia, que enfraquece a capacidade de inovação e storytelling próprios da marca.

Um caso emblemático foi o da Levi’s, que anunciou o uso de modelos gerados por IA para “representar a diversidade”. A proposta, que pretendia ser inclusiva, foi criticada por parecer artificial e oportunista. A mensagem perdeu força justamente porque faltou verdade no discurso. (Veja a repercussão)

Como usar IA sem perder a essência

A inteligência artificial pode, sim, ser uma grande aliada, desde que usada com critérios claros. Aqui estão algumas boas práticas:

• Defina o tom de voz da marca e treine a IA com base nesse parâmetro. Se sua linguagem é próxima, objetiva ou institucional, o conteúdo automatizado deve refletir isso.
• Use a IA como ferramenta de apoio, não como substituto criativo. O papel da equipe de comunicação continua sendo insubstituível na curadoria, revisão e personalização de mensagens.
• Mantenha a consistência entre o que a marca comunica e o que ela entrega. Não adianta dizer que valoriza pessoas se todo o atendimento é feito por robôs mal treinados.
• Assuma o uso da IA com transparência. Em vez de esconder, mostre que sua marca utiliza tecnologia com responsabilidade e cuidado com o público.

Empresas como a Sephora utilizam inteligência artificial para personalizar recomendações de produtos, mas mantêm o atendimento humano disponível e um branding sensível e coerente com seu público. Já a Duolingo, mesmo usando IA nos bastidores, deixa sua comunicação leve e divertida, com tom humano e humor característico.

O futuro é híbrido… e mais humano do que nunca

Marcas que conseguem equilibrar tecnologia com autenticidade constroem confiança. Elas não apenas “produzem conteúdo”, mas geram identificação. Não apenas falam, mas escutam. E não apenas automatizam, mas humanizam cada etapa do processo de comunicação.

A IA pode escrever por você, mas não pode sentir por você. E são essas emoções reais, refletidas nas mensagens da marca, que fidelizam clientes e constroem reputações sólidas.

Sua marca ainda tem a sua voz ou já virou eco do que todo mundo diz?

Na Quatro Comunicação e Assessoria Estratégica, acreditamos que autenticidade não se programa. Ela se constrói com estratégia, verdade e propósito.

Se a sua marca quer adotar tecnologia sem abrir mão da identidade, fale com a gente. Vamos juntos encontrar o ponto de equilíbrio entre inovação e essência.

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